Vacina contra tuberculose pode ser usada para tratar inúmeros males

Diversos estudos apontam para a BGC como tratamento das mais variadas doenças.

 

 

 

 

Você já deve ter ouvido falar da BCG — Bacillus Calmette-Guérin —, uma vacina que a maioria de nós recebe quando ainda é bebê como forma de proteger o organismo contra a tuberculose. Caso você não se lembre dela, basta checar uma pequena cicatriz no seu braço direito, para se certificar de que você tenha sido vacinado.

Entretanto, de acordo com um artigo publicado pelo site Gizmodo, existem vários estudos relacionados à BCG, apontando que essa substância também pode ser eficaz no tratamento de muitas outras doenças, embora não saibamos disso.

Câncer

Segundo o artigo, existem experimentos que, desde a década de 70, vem apresentando resultados positivos da aplicação da BCG no tratamento de diversos tipos de câncer, entre eles o de pulmão e o de bexiga, além dos melanomas, aumentando a sobrevida dos pacientes e reduzindo o risco de reincidência da doença.

Doenças degenerativas e afecções cutâneas

De acordo com uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Harvard, experimentos realizados com ratos de laboratório demonstraram que a vacina contra a tuberculose poderia ser utilizada para tratar a diabetes do tipo 1, levando os animais a produzir um tipo de proteína capaz de destruir as células que causam a doença.

Estudos clínicos, ainda que em pequena escala, confirmaram os resultados em humanos, embora os cientistas não saibam explicar exatamente o mecanismo de ação do Bacillus Calmette-Guérin.

BCG para todo mundo!

Sem dúvida, a vacina contra a tuberculose parece ser eficaz no tratamento de muitas mais doenças do que imaginávamos, e sua aplicação é bastante segura, tanto que recebemos a dose durante o nosso primeiro mês de vida, correndo o risco de apenas contar com uma pequena cicatriz no braço.

Além disso, não se trata de um medicamento extremamente caro e difícil de obter, sendo uma das vacinas mais aplicadas no mundo. Portanto, conforme sugere o pessoal do Gizmodo, talvez seja uma boa ideia os pesquisadores prestarem mais atenção nesse medicamento, velho conhecido de todo mundo, e dedicar mais tempo às pesquisas e experimentos que poderiam facilmente ajudar a salvar a vida de milhões de pessoas.

Fontes: Japanese Journal of Clinical Oncology, The New England Journal of Medicine, NCBI, SpringerLink, PLOSone, Infection and Immunity, The Lancet Infectious Diseases, faustmanlab e Gizmodo